segunda-feira, 19 de julho de 2010

alguns pensamentos meus e do universo

Amor

NOS TEUS OLHOS EXISTE UM VENENO DO QUAL GOSTARIA DE MORRER NEM QUE SEJA PELA ETERNIDADE DE UMA NOITE

A SOLIDÃO E FRIA E CHEIA DE VAZIO NELA EXISTE UM ROMANCE PARTICULAR UM INSTANTE ÚNICO DE RAZÃO CEGA

A paixão desconhece a razão do querer, e querer e sempre a razão particular.

A culpa e do desejo e o desejo e sempre o culpado pela dor.

Poesia e bagunça combinam tanto quanto organização e solidão.

Não caminho sozinho minha mente conversa comigo e o universo sempre me mostra sua teoria, às vezes queria ficar só.

Queria acreditar nessa idéia vaga de aceitação talvez fosse mais fácil morrer.

Que vida e essa em que somos obrigados a seguir uma escolha alheia, então livre arbítrio seria soltar a mão do filho em pleno abismo.

Eu queria saber quem criou deus e quem criou a criação o resto entretenimento.

Chegamos em um tempo que ser sábio e ser louco e chato, acho que nada sei, ainda bem.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

perfume

Perfume

Como seria a intenção sem o medo da duvida.

Ainda que por só embriagado na retina de teus olhos, eu temeria.

Mesmo que houvesse certeza, meu coração seria frio a lembrança.

Indomável escravo da vida, sedento, faminto, brinquedo favorito da dor.

Línguas eis de falar em nome do silencio de um olhar.

Ardente desejo sem culpa e sem nexo de emoção fria.

Um segredo vendido? Pela lagrima derramada quero um amor sem culpa.

Não quero outro cálice, quero a boca e o suor quente.

Quero o doce amargo do perfume que instiga a língua.

Teu conforto, meu desejo do amanhecer, meu sol de inverno.

A duvida e melhor do que a certeza vazia, a ilusão pode ser doce.

Revivendo a inocência, trazendo um sentimento desconhecido ao desejo.

Vejo tudo que sempre quis junto à imensidão de um mar de decisões baratas.

Seu perfume quero provar, quero embriagar-me no calor dos teus braços.

Nem que seja por uma vida.

Cristiano Munhoz

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Ela
Se fosse simples não chamaria amor, chamaria roubo.

Se soubesses tudo, talvez a virtude derramasse seu ódio contido.

A inocência te traria medo e meu desejo engano de tolo, a fraqueza e sempre a fortaleza do covarde, e a segurança seria a própria dor, misérias e migalhas pra te prender, o desconhecido ofuscado pelo mistério de um surdo.

Prefiro me entregar a qualquer idéia vaga que traga bonança e contradição comprada, o grito contido pode causar engano a quem ama, e a boa intenção pode ser meu fim.

Prepare a cena por que quero ver o ridículo insistente, quero toda dor que for minha, perdão se não for sincero e só vaidade.

A força da paixão arruína corações solitários, arrebenta toda possibilidade de suprir carências de um amor santo, tão esperado e tão impossível, mesquinho como um deserdado.

Fico com a saudade e você com a indiferença do destino inventado, aceitação e fraqueza mascarada de conveniência.

Teu mel meu néctar de perfume derretido e retido num tecido de seda na alameda de sal, não faz mal, só quero você.

Amor não se explica se sente, o amor provoca, conforta, e abre a porta do mistério de um beijo.

Cristiano Munhoz