quarta-feira, 12 de maio de 2010

perfume

Perfume

Como seria a intenção sem o medo da duvida.

Ainda que por só embriagado na retina de teus olhos, eu temeria.

Mesmo que houvesse certeza, meu coração seria frio a lembrança.

Indomável escravo da vida, sedento, faminto, brinquedo favorito da dor.

Línguas eis de falar em nome do silencio de um olhar.

Ardente desejo sem culpa e sem nexo de emoção fria.

Um segredo vendido? Pela lagrima derramada quero um amor sem culpa.

Não quero outro cálice, quero a boca e o suor quente.

Quero o doce amargo do perfume que instiga a língua.

Teu conforto, meu desejo do amanhecer, meu sol de inverno.

A duvida e melhor do que a certeza vazia, a ilusão pode ser doce.

Revivendo a inocência, trazendo um sentimento desconhecido ao desejo.

Vejo tudo que sempre quis junto à imensidão de um mar de decisões baratas.

Seu perfume quero provar, quero embriagar-me no calor dos teus braços.

Nem que seja por uma vida.

Cristiano Munhoz

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